Matemática do Céu, Matemática da Terra e Matemática do Sapiens

Contenido principal del artículo

Bernard Charlot
José Dilson Beserra Cavalcanti
Veleida Anahí da Silva

Resumen

Será que o ensino da Matemática é também um assunto ideológico e político, apesar da representação da Matemática como conjunto de ideias abstratas? O objeto matemático é instrumento na vida social e, muitas vezes, ele funciona como argumento implícito, em um uso retórico a serviço de um projeto ideológico e político. O artigo defende a tese de que a questão chave é a da relação com a Matemática, que tem implicações ideológicas, políticas e identitárias. Ele analisa três tipos de relações: com a Matemática do Céu, com a Matemática da Terra e com a Matemática do Sapiens. “Fazer matemática” pode ser aceder a um mundo de Ideias puras, descobrir as estruturas profundas do mundo ou, como se sustenta neste artigo, participar de uma atividade coletiva dos seres humanos, no decorrer da sua história. A atividade matemática é uma forma particular de se apropriar o mundo, de criar mundos simbólicos específicos e de se assumir como sujeito de saber, sujeito singular e membro de uma espécie chamada Sapiens. Portanto, obviamente, sempre a matemática é, ao mesmo tempo, uma atividade científica, social e antropológica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Charlot, B., Cavalcanti, J. D. B., & Silva, V. A. da. (2022). Matemática do Céu, Matemática da Terra e Matemática do Sapiens. Archivos De Ciencias De La Educación, 16(21), e103. https://doi.org/10.24215/23468866e103
Sección
Dosier Didáctica de las Matemáticas. Un análisis político e ideológico sobre saberes y prácticas

Citas

Aristóteles. (2011). Política. São Paulo: Martin Claret.

Broitman, C. (2012). Adultos que inician la escolaridad: sus conocimientos aritméticos y la relación que establecen con el saber y con las matemáticas (Tesis de doctorado), Universidad Nacional de La Plata, Argentina.

Broitman, C. y Charlot, B. (2014). La relación con el saber. Un estudio con adultos que inician la escolaridad. Educación matemática, 26(3), 7-35.

Cavalcanti, J. D. B. (2011). Diálogos entre psicologia e educação matemática: possibilidades de cooperação entre CCS e CFP. REVISE. Revista integrativa em inovações tecnológicas nas ciências da saúde, 2, 1-13.

Cavalcanti, J. D. B. (2015). A noção de relação ao saber: história e epistemologia, panorama do contexto francófono e mapeamento de sua utilização na literatura científica brasileira (Tese de doutorado), Universidade Federal Rural de Pernambuco, Brasil.

Charlot, B. (1991a). L’épistémologie implicite des pratiques d’enseignement des mathématiques. Em R. Bkouche, B. Charlot y N. Rouche, Faire des mathématiques: le plaisir du sens (pp. 171-194). Paris: Armand Colin.

Charlot, B. (1991b). Les contenus non mathématiques dans l’enseignement des mathématiques. Em R. Bkouche, B. Charlot y N. Rouche, Faire des mathématiques: le plaisir du sens (pp. 129-138). Paris: Armand Colin.

Charlot, B. (2000). Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed.

Charlot, B. (2020). Educação ou Barbárie? Uma escolha para a sociedade contemporânea. São Paulo: Cortez.

D’Ambrosio, U. (2005). Sociedade, cultura, matemática e seu ensino. Educação e Pesquisa, 31(1), 99-120. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000100008

Desanti, J. (1968). Les idéalités mathématiques. Paris: Seuil. DOI: https://doi.org/10.3406/raipr.1969.1283

Giacardi, L. (1986). Aperçu historique des mathématiques sumérobabyloniennes. Em Commission Inter-IREM Épistémologie (Ed.), Actes de l’Université d’été sur l’Histoire des Mathématiques (pp. 287-316). Toulouse: IREM de Toulouse.

Kuhn, T. (2013). A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva.

Marx, K. (2011). O Capital, vol. 1. São Paulo: Boitempo.

National Commission on Excellence in Education (1983). A Nation at Risk: The Imperative for Educational Reform. Acessado do https://edreform.com/wp-content/uploads/2013/02/A_Nation_At_Risk_1983.pdf

National Science Board (1983). Educating Americans for the 21st Century: A Plan of Action for Improving Mathematics, Science and Technology Education for All American Elementary and Secondary Students So That Their Achievement Is the Best in the World by 1995. Acessado do https://books.google.com.ag/books?id=_xIpAQAAMAAJ&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false

Platão. (2011). República. São Paulo: Martin Claret.

Silva, V. A. da. (2009). Por que e para que aprender a matemática? São Paulo: Cortez.

Thom, R. (1974). Les mathématiques "modernes": une erreur pédagogique et philosophique? Em R. Jaulin (Ed.), Pourquoi la mathématique ? (pp. 57-88). Paris: Édition 10-18.

Westin, R. (2020). Para lei escolar do Império, meninas tinham menos capacidade intelectual que meninos. Arquivos Agência Senado, 65. Acessado do https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/nas-escolas-do-imperio-menino-estudava-geometria-e-menina-aprendia-corte-e-costura

Artículos más leídos del mismo autor/a